quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Homenagem ao Jubileu de Ouro da BSGI

Como água corrente

Oriente e Ocidente
Realidades tão diferentes, oceanos de distância
A viagem pelo caminho do meio
Uma filosofia que é vida
Uma vida que é eterna
E que se transforma no pensar, falar , agir...
Lei que é mística
Tudo simultâneo: o antes, o agora e o depois
Rugidos de leão
Coragem para seguir em frente

Três mestres: que presente!!!
Um presente que se vive
Uma letra que se acrescenta,bem na frente

"B" de benefício
"B" de benevolência
"B" de buda
"B" de bodhisatwa
"B" de Brasil

Soma-se àquela que é a escola, o livro, a letra
Bem que poderia significar
Saúde
Grandeza
Inteligência

A prática da água corrente
Daimoku, Daimoku, Daimoku
Vida que é estado
Revolução que é humana
Felicidade absoluta
Que se divide multiplicando, porque se compartilha

Hoje é 19 de outubro
raízes profundas foram plantadas
O Brasil entrou na rota da paz mundial
Kansai do mundo
Nascente da correnteza

Unidos estão os nossos corações
com o coração do Mestre
Na filosofia que é vida
Na prática que é corrente
Na felicidade que é absoluta

Arigatô Goazaimasu, Ikeda Semsei
Muito obrigado, Mestre Ikeda
Por hoje podermos ser capazes de viver o maior dos benefícios...
Daimoku daimoku daimoku


Escrito em 19/10/2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Em paz

Em paz

Como é maravilhoso agir pela razões certas.
Falar de sentimentos sem pretender respostas comportamentais e afetivas do interlocutor, por exemplo, é um exercício tão gratificante!
E o melhor é que , a partir de gestos assim, coisas muito surpreendentes podem acontecer.
Conheço um casal que se gostava muito, mas em prol de um respeito mútuo pelas individualidades, evitava expor os seus sentimentos, era excessivamente econômico com demonstrações de afeto e, mesmo sabendo que não era um caminho promissor, aceitava a situação como algo confortável.
No dia em que ela se conscientizou de que o seu temperamento rasgado necessitava de emoção e de que havia a urgência por uma relação mais envolvente , decidiu quebrar o seu silêncio, mas de uma forma tranquila, sincera, honesta...
Aí as surpresas apareceram.
Ele concordou, ele também se abriu e agradeceu por ela ter tomado a inicicativa de tocar num assunto que também o incomodava.
Mas a maior e significativa surpresa veio com a proposta dele de tentar transformar aquela, que já era uma relação do seu jeito sólida e gostosa...
Ela aceitou, mesmo sabendo que há os riscos de a tentativa não ser bem sucedida, deles descobrirem que as diferenças entre os dois podem ser um obstáculo importante, e mais outras quinhentas razões que podem promover a derrocada de uma relação. Porém , o mais importante foi observar que ,a partir daquele momento, ali estavam duas pessoas de coração aberto, disponíveis e afetuosas.
O que aconteceu depois...será que é realmente importante saber?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sei lá

Fica difícil entender como coisas desse tipo acontecem.
O sujeito nasce pobre, descobre um talento para um determinado esporte, vira estrela e...
Várias teorias já foram discutidas sobre os efeitos do enriquecimento súbito sobre meninos de origem cheia de privações.
No entanto, como saber exatamente o que passa pela cabeça, pelo coração, pela alma de quem comete um gesto tão desprovido de humanidade ?

domingo, 4 de julho de 2010

Domingos de inverno

Os domingos de inverno da minha cidade são infalivelmente lindos. O céu assume um azul que ao se encontrar com o verde do relevo sinuoso, oferece um espetáculo que me faz desejar que os dias sejam maiores.
Foi num dia assim, que resolvi sair de casa e me dar de presente um passeio em volta da Lagoa. Que grande ideia!!!
Foi lá que observei a diversidade de gostos, gestos, reações.
Mães e pais exibindo sua cria. Cães, proporcionando o prazer da companhia aos seus donos. Casais, registrando momentos que deverão ser postados em blogs, faces, twitters...
Ali também, era possível esbarrar na família que falava espanhol, no milionário esportista e num montão de anônimos como eu.
A caminhada foi num ritmo intenso e a conversa com as duas amigas que me acompanharam fazia a respiração acelerar e os nossos passos parecerem um projetor de cinema, daqueles antigos, que, quadro a quadro, traziam à baila novidades profissionais, escolhas passadas e projetos para o futuro.
Assim, a tarde de Julho foi um toque de leveza que, com toda certeza, refletirá uma semana importante, quando vários passos deverão ser dados. E que sejam bem ritmados, firmes e determinados como aqueles ao redor daquele que é mais do que um mero cartão postal.

So sorry!

O dia estava bonito demais.
A cerveja estava glacial e todos estavam muito animados.
Ivete chegou ao trabalho e, embora contrariada por ter saído da frente da sua tv e de cima do seu bastante amaciado sofá de couro, cumprimentou alegremente cada um dos porteiros e colegas que encontrou.
Todos já haviam articulado a programação para o jogo no qual a seleção de futebol do seu país deveria provar competência para seguir na competição.
Meia hora antes do duelo, Ivete e seus amigos se encaminharam para o tradicional bar onde eles costumavam se reunir às sextas-feiras.
O dia estava ainda mais bonito e a cerveja...hummmmm!!!!!!
Quando a peleja começou, o que todos viram foi uma grande promessa de vitória fácil e inusitada.
Intervalo.
No segundo tempo, parecia que os jogadores que haviam estado em campo defendendo o país de Ivete tinham sido abduzidos e substituídos por covardes burocratas.
A tristeza tomou conta do lugar, o desânimo deu o tom dos goles de cerveja e o que sinceramente, lá no fundo, bem no fundinho, a maioria das pessoas sabia que aconteceria, a seleção de futebol que coloriu as roupas e o ambiente, perdeu.
Pois é, o mais estranho foi que o dia não ficou cinza, a cerveja não se tornou mais amarga e o treinador não foi mais xingado do que antes.
Observou-se uma catarse masoquista, porém compreensível e admirável.
Como é curioso enxergar a solidariedade num momento de decepção e o respeito que tanto foi ausente naqueles apáticos jogadores.
Ah!!! Qual era o time para que Ivete torcia?
So sorry, isso é o que menos importa.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sede!

“ O sangue é o líquido que irriga a carne”. (Nando Reis)



Sede de saber, sede de viver.

Essas expressões são afetivamente diferentes da “fome de saber”, da “fome de viver”. Existe algo de predatório na fome.

Ter sede é ser poético. É querer o alimento que vem da fluidez da água, o movimento da água. A sua ausência é a seca.

Dizem que somos água, o planeta é água. Não existe a hora da ingestão de líquidos. Existe a hora das refeições. Existe a hora do preparo do alimento. A água é pronta. Mas e as outras águas? A água-vinho, a água-cerveja, sim, porque a água-suco é quase melancólica.

Ter sede significa querer viver. Ter fome representa o quase morrer.

Tenho um amigo que sempre me convida para “beber algo”. É claro, que acabamos comendo também, mas o seu convite expressa o desejo de vivermos algo diferente enquanto nossos papos são regados a um bom vinho, algumas caipirinhas ou pares de chopps.

Podemos dividir um prato no restaurante. Mas jamais divido o meu copo. Aquele objeto que é o canal entre o líquido e minha boca. Aquele que guarda os meus segredos e que pode me entregar. Quanta intimidade!

Alguém já ouviu falar de um tipo de relação tão visceral com um garfo, uma colher ou um prato ?

O beber traz prazer. O comer também.

A bebida pode embriagar, caso o álcool seja permitido no organismo.

A comida preenche vazios sólidos.

A bebida permite o reconhecimento desses vazios e permeia, sem invadir, os espaços.

O sólido imprime rigidez, o líquido promove a fluidez, o contínuo e continuo com sede...

Bola pra frente...

Bola pra frente...

Estavam (quase) todos lá.
Otávio, Carlos Eduardo, Gérson...
Cristina rapidamente identificou todos eles no meio das oitenta pessoas naquela festa.Ela era boa fisionomista, assim, sempre reconheceu os seus ex-namorados e era a primeira a avistar os "ex"das amigas, independente do lugar e do número de pessoas.
Mas naquela festa, ela se sentia como um treinador na Copa do Mundo e pensou no que a tinha levado a escalar aqueles sujeitos para o time CCA, ou seja, Cristina Clube de Afetos.
Ela rapidamente se lembrou da identificação cibernética que teve com Otávio, através das mensagens instantâneas que o site de relacionamentos proporcionou. Ele era zen, separado, bom pai, aparentemente inteligente e bem encaminhado profissionalmente. Namoraram por três meses e , por diferenças inconciliáveis, terminaram.
Cristina, da mesma forma que as câmeras de tv fazem antes dos jogos começarem, passou o seu foco para o jogador seguinte.
Era o Carlos Eduardo. Ele era altíssimo, moreno e um pouco acima do peso. Lembrou do dia em que ele a tirou pra dançar no Rio Scenarium e imediatamente engataram um tórrido romance de uma semana. Teve de tudo nesse período: muitas conversas, cinema, jantares, a casa dela a casa dele e sexo bom. Assim, um ciclo rápido e, por muitas razões prováveis, interrompido. Se esbarraram algumas vezes, trocaram telefonemas e emails e, surpreendemente, ficaram quase amigos.
Corta.
Câmera no Gérson: homem, bonito, inteligente e encantador. Ele vestiu o uniforme de príncipe com a qual Cristina sempre sonhou. Passados alguns meses, a sua posição, no entanto, foi se transformando na de um sapo com S de nada sadio. Obssessivo com o trabalho, crítico com os filhos dela, as roupas dela, os seus amigos, intolerante e preconceituoso. No entanto, ainda encantador para a maioria das pessoas.
De repente, Cristina se perguntou o que aquelas criaturas tão diferentes estariam fazendo na mesma festa. Foi aí que ela se lembrou: era a sua festa surpresa de 40 anos. Ahhh! Mas quem os convidou?
Não importa. Agora, é só partir para uma nova escalação, pois uma coisa é inquestionável: treino é treino, jogo é jogo.

sábado, 19 de junho de 2010

Ela e ele

ELA E ELE

Ela sonhou um amor. Um sentimento arrebatador que rompe todas as barreiras culturais e geográficas.
Ele viu nela a chance de só ser, de amar e viver uma história onde interesses comerciais não prevalecessem.
Eles apostaram nessa história. Se entregaram, tentaram ter um filho, se encontraram mundo afora e terminaram.
Ela, mulher latino americana, quente no corpo, quente no coração e encantada com aquele europeu fascinante e apaixonado.
Ele, português residente na Suíça, funcionário das Nações Unidas. Quanto fascínio!
Ele era tudo que ela gostaria de ter sido, todos os países e culturas que gostaria de ter conhecido.
Ela, a mãe falecida ao seu nascimento. A porção feminina nunca antes experimentada.
Ele não tinha filhos, família, ninguém.
Ela tinha dois, família presente e coração latente.
A gravidez não aconteceu. O trabalho dele o consumia e o sofrimento dela foi inevitável.
A relação enfraqueceu, o romance acabou e a vida seguiu.
Acontece que o coração dela nunca se curou daquela paixão fulminante. No entanto, a distância era a sua melhor amiga, a sua garantia de que havia um espaço de proteção onde o que estava guardado, guardado estava.
Aí o sonho de anos atrás se realizou: ele conseguiu uma missão no país dela. Mas não era uma missão rápida e passageira. Tratava-se de um projeto de duração de, no mínimo, dois anos. Aí o bicho pegou.
Ele veio, eles se viram e ela chorou.
Chorou pelo amor despediçado. Chorou pelo sonho realizado para uma relação que já não existia. Chorou por identificar e justificar naquela pessoa o amor escondido, mas não acabado.
O fim da história ? Bem, não há previsão de fim, mas ela continua chorando...

Junho/2010

Gestos de elevador

Gestos de elevador

Adoro a delicadeza.
Me pego sempre pensando sobre os gestos cotidianos que observamos, fazemos e recebemos.
Um bom dia no elevador, um sorriso em agradecimento a uma porta aberta, um “obrigado” alto, claro, bem articulado.
Mas um fato me chamou a atenção ontem no elevador do prédio onde trabalho: por que algumas pessoas de posição hierárquica privilegiada na instituição não participam desses rituais de delicadeza?
Fiquei divagando sobre possíveis motivos que levam alguns olhares diretamente ao chão ou subitamente para o tão admirado teto desses veículos de elevação.
Pensei nas culpas que alguns carregam por decisões mal tomadas, intrigas formuladas e desacordos declarados. Mas aí divago sobre as razões porque isso me afeta. Talvez seja, porque numa dinâmica dessas jornadas de equipe que mais parecem discussão de relação remunerada, me disseram que eu sou "amante", o que se traduz num ser que vê nas relações dentro do ambiente de trabalho, o principal determinante para que resultados profissionais positivos proliferem.
Calma! Isso não quer dizer que sejamos sempre carentes, desfocados ou enturmadíssimos. Somos do grupo que valoriza muuuuito a delicadeza. É claro, que tudo isso é uma moeda, cuja face menos bonita apresenta exatamente a tristeza que a falta de delicadeza gera. Um elevador, com seu espaço reduzido age como condensador das tendências humanas, um recorte do que os seus passageiros praticam no cotidiano.
Não atentarei aqui para as possíveis variáveis, tais como a presença de um ascensorista, o tempo que a viagem leva, as paralisações que podem acontecer e, atualmente, a companhia de um concorrente direto para o teto: a tela de LCD informando se vai chover ou se o dólar caiu.
O que, de fato, as observações feitas nessas viagens verticais geram é uma vontade de gritar para aqueles chefes, mais que chefes, sei lá, que ninguém trabalha feliz quando não é respeitado.
E que aqui fique também registrada a estranheza que a passividade dos não-cumprimentados revela. Será que estariam todos utilizando a prática da anti delicadeza como manifesto?
Qualquer que seja a resposta, desejo a todos nós que a delicadeza sempre nos acompanhe, para que as nossas mais variadas viagens sejam, ao menos, mais humanas.

Elaine Vianna
Junho/2010.

domingo, 2 de maio de 2010

Surpresas

Um dia e depois o outro
Uma sequência de elementos vem do desconhecido
Revelações de uma manhã que parecia cinza
Olhando de trás da cortina
Que uma vez aberta nos traz um céu azul de outono
E depois vem a tarde
Huuummm que tarde gostosa!!!!
Vontade de não se despedir desse dia
Que vai ser sempre lembrado
Como aquele que começou mal
E terminou digno de comemoração,
Porque, no fundo, era uma...

domingo, 25 de abril de 2010

Sequelas

Há algumas semanas essa palavra tem estado presente no meu vocabulário, sem trema, já que a atualização às novas normas é urgente. O mais intrigante é que era usada na terceira pessoa. Pura simplificação. A terceira pessoa nos isenta, nos distancia. O outro como problema é cômodo, já que nos impede de olharmos para dentro de nós.
Pois é, hoje é dia de faxina. E quando digo faxina, quero explicitar aquele movimento de desordem, onde as gavetas ficam vazias, mas o chão ao redor, cheio de objetos, papéis, restos que se recusam a ser dispensados.
Então tá, sou uma pessoa sequelada também, ok?
Sequelas de uma vida às vezes difícil na adolescência. Sequelas de um casamento desfeito após quinze anos, e por aí vai...
Mas isso não me dá o direito de não conseguir amar e, principalmente, de deixar de acreditar que é possível viver uma relação de amor e respeito, onde as pessoas estão inteiras.
Tenho consciência dos limites individuais, mas por favor, homens acima dos 40, assumam as suas sequelas e tratem-nas !!!
Esse foi mais um episódio da série "Desabafar é Preciso".

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dúvidas

É normal termos dúvidas sobre coisas aparentemente banais, como as férias.
Porém, algumas vezes essas dúvidas refletem a diversidade de personagens que temos que desempenhar. No meu caso, por exemplo, me deparo com as necessidades de mulher solteira, que adora viajar para grandes metrópoles cheias de opções culturais, gente diferente e a possibilidade de ampliar um círculo de amizades já bastante internacionalizado. Já, outro pedaço de mim quer promover viagens interessantes, nas quais o casal de filhos possa se divertir, conhecer lugares diferentes e conviver de uma maneira mais próxima com a mãe que trabalha o dia inteiro, todos os dias da semana. Uma coisa é certa: estamos falando de férias diferentes, o que é óbvio. A dificuldade consiste exatamente no que fazer com os meninos. Ora penso em opções mais cômodas, tais quais hotéis fazenda, resorts... Mas que coisas mais desinteressantes...Ora, me pego pensando em aventuras ecoturísticas, como os Lençóis Maranheneses...
Mas aí vem a questão: será que vale a pena???
A ansiedade que a proximidade das férias gera poderia bem receber o nome de "tensão pré-decisão", pois a ela soma-se um fato relevante: detesto programar viagens com antecedência.
E, após ler as linhas escritas até aqui, fica difícil saber qual é a causa e qual é a conseqüência.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mensagem para 2010

O que desejar às pessoas queridas nesta época???

Podemos ser objetivos e dizer que paz, saúde e amor são os bens necessários e que,a partir deles, as outras coisas boas da vida podem acontecer.

No entanto, venho construindo há algum tempo uma lista de determinações para a minha vida em 2010. Nessa lista, podem ser encontrados desejos dos mais variados, para mim, meus amigos, minha família, minha cidade, meu país, o mundo...

Não, não estou doida (ainda!!).

O que eu apenas gostaria de sugerir às pessoas que fizeram parte da minha vida nesse ano que já vai, que possam dedicar um tempinho à elaboração de suas listas, a fim de que sejamos todos capazes de poder identificar o que é realmente importante.

Boa sorte a todos e obrigada por sua amizade!!!

Um grande beijo,

Elaine

Gratidão

Pessoas queridas,
Ontem, na reunião de budismo, estudamos um trecho de Nitirem Daishonim, cujo tema é a gratidão.
Ele escreveu, dentre outras coisas, que tudo pelo que passamos em nossas vidas, tanto as experiências boas, quanto as "não tão boas", são efeitos de causas que construímos em algum momento do passado. No entanto, as pessoas que participam das nossas vidas exercem um papel importante para que possamos vivenciar o nosso próprio crescimento.
Por isso, meus queridos, venho manifestar a minha profunda gratidão por tudo que tenho aprendido através de vocês, sobre mim mesma e sobre a nossa existência como seres humanos.

Obrigada!
Elaine

Esse foi um email que enviei para pessoas importantes na minha vida em 26/02/2010.

Amigos...

Sempre valorizei a amizade.
Desde pequena, encontrei nas minhas amigas a cumplicidade que não era tão natural dentro da família, já que não havia outras meninas da minha idade com quem eu pudesse dialogar.
O tempo foi passando e a diferença de idade de dois anos e meio entre a minha irmã e eu, foi ficando menor. Porém, nas minhas amigas eu encontrava um espaço para questionar tudinho, inclusive as relações familiares.
Aí veio o casamento, os filhos, a separação...
Amizades foram dispersas e outras ganharam força, que bom!
Dói muito perder um amigo. Dói muito sentir que algo se quebrou numa amizade.
Mas é muito gratificante perceber que algumas pessoas chegaram a nossa vida pra ficar.
Agradeço aos meninos e meninas que me acompanham e a quem, sempre, procurarei dedicar cuidado, palavras e gestos.

domingo, 18 de abril de 2010

Decisão

Decisão no futebol tem o sentido de fim. É o último jogo, quando não pode haver empate (na maioria das vezes)e o jogo seguinte já pertence ao outro campeonato.
Ainda bem que não é assim na vida fora dos campos.
É torturante imaginar que as nossas decisões representariam um fim, uma última chance. Ao contrário, as decisões podem (e devem) representar um começo, um compromisso com aquilo que foi decidido, porém, sempre que possível, podem ser revistas, avaliadas e, através de gestos de coragem, revertidas.
Não se trata de uma apologia à inconseqüência, não é nada disso.
Trata-se de valorizar os movimentos das nossas histórias, a fim de nos permitirmos uma vida digna, na qual a sinceridade e humildade de ouvir os nossos desejos e sonhos deve ser um exercício constante, já que o tempo passa rápido demais.

sábado, 17 de abril de 2010

Mother

Assisti ao filme coreano. Diferente ritmo, diferente linguagem, uma linda cena de água derramada...Mas, invariavelmente o que marca, principalmente para nós, mães que somos, foi o alerta acerca da influência que temos na compreensão que os nossos filhos têm do mundo.
Ali, um rapaz com problemas de desenvolvimento mental, tem na figura da mãe ao mesmo tempo um porto seguro e um elemento a ser contestado. Claro, as mães são seres contestáveis. No entanto, seu comportamento é completamente influenciado pela orientações daquela mulher.
Em algum momento de sua infância, o rapaz ouviu dessa mãe que, se alguém o xingasse de "retardado", a sua reação deveria ser agressiva. Seria clichê achar aque essa era a postura da mãe ao se deparar com um filho limitado e dependente?
O fato é que ao definir as posturas que o seu filho deveria ter diante das diversidades, ela assumiu o roteiro completo, manipulando e "organizando" a desordem daquela vida conturbada.
Deveria ser esse o papel de toda mãe? Assumir que, diante da impossibilidade de transformar uma situação de imperfeição de sua cria, caberia a ela, então, interceder para que o mundo se adaptasse a ele?
Queremos que nossos filhos sejam felizes, queremos que tenham sucesso, sejam saudáveis, amados e aceitos. No entanto, não podemos perder de vista o fato, para algumas muito doloroso, de que os filhos de hoje deverão ser capazes de serem homens e mulheres responsáveis, independente de suas limitações.

domingo, 11 de abril de 2010

Dividida

Sou uma pessoa perdida e diluída nos meus amores perdidos, amizades desfeitas e sonhos esquecidos.
Vivo à espera do amanhã, já que o hoje é pesado demais às vezes.
Tenho sensações múltiplas através de experiências similares, mesmo sabendo que nada é igual a nada. Tudo é dinâmico, como os átomos que vi nas experiências da exposição sobre Albert Einstein.
Mas a tristeza que hoje sinto, essa é minha velha conhecida.
Sei que não sou essencialmente triste, mas as perdas sempre levam um pouco de mim.
Mais uma, somada às outras, numa totalidade de experiências fascinantes.
E o Flamengo está ganhando...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Que angústia!

É horrível ouvir, ver e ler essas notícias.
O sentimento de impotência invade invariavelmente e tudo vai abaixo.
Corpos são encontrados, famílias destroçadas e aquela certeza de que só vai piorar.