domingo, 4 de julho de 2010

So sorry!

O dia estava bonito demais.
A cerveja estava glacial e todos estavam muito animados.
Ivete chegou ao trabalho e, embora contrariada por ter saído da frente da sua tv e de cima do seu bastante amaciado sofá de couro, cumprimentou alegremente cada um dos porteiros e colegas que encontrou.
Todos já haviam articulado a programação para o jogo no qual a seleção de futebol do seu país deveria provar competência para seguir na competição.
Meia hora antes do duelo, Ivete e seus amigos se encaminharam para o tradicional bar onde eles costumavam se reunir às sextas-feiras.
O dia estava ainda mais bonito e a cerveja...hummmmm!!!!!!
Quando a peleja começou, o que todos viram foi uma grande promessa de vitória fácil e inusitada.
Intervalo.
No segundo tempo, parecia que os jogadores que haviam estado em campo defendendo o país de Ivete tinham sido abduzidos e substituídos por covardes burocratas.
A tristeza tomou conta do lugar, o desânimo deu o tom dos goles de cerveja e o que sinceramente, lá no fundo, bem no fundinho, a maioria das pessoas sabia que aconteceria, a seleção de futebol que coloriu as roupas e o ambiente, perdeu.
Pois é, o mais estranho foi que o dia não ficou cinza, a cerveja não se tornou mais amarga e o treinador não foi mais xingado do que antes.
Observou-se uma catarse masoquista, porém compreensível e admirável.
Como é curioso enxergar a solidariedade num momento de decepção e o respeito que tanto foi ausente naqueles apáticos jogadores.
Ah!!! Qual era o time para que Ivete torcia?
So sorry, isso é o que menos importa.

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