sábado, 7 de julho de 2018

Urbanidades

Pelos lugares por onde ando, observo a luz, os sólidos e as gentes.
Na minha rua, a luz de inverno convida às tarefas, as gentes agora passam a caminho do metrô ou do trabalho e os sólidos novos se misturam a alguns traços de abandono e de decadência.
A cidade está assim: toda mesclada de novo e de abandono.
Hoje, é dia de ir ao Centro, com suas ruas tomadas por um tipo de sujeira metafísica em alguns pontos; é aquele lixo úmido que brota do chão e se junta ao que é lançado pelas gentes.
E esse poluir voluntário revela o que vai nas mentes e nos corações repletos de dor e de tantas ausências.



Escrito em 05/07/2018.

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